segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cirurgia Bariátrica(redução do estômago): uma questão de escolha?

“Está sendo cada vez mais comum obesos aceleram a ‘engorda’ para realizar a cirurgia bariátrica. No entanto, especialistas alertam que o artifício usado para obter grau de morbidade pode trazer sérios danos à saúde.”

“Estou engordando para fazer a cirurgia”. Essa frase é muito mais comum do que se imagina entre obesos que desejam fazer a cirurgia bariátrica, indicada para redução de estômago, e ainda não alcançaram o peso ideal para serem submetidos ao procedimento. Em vez da reeducação alimentar para perder peso, muitos pacientes optam pelo método mais radical, confiantes de que a cirurgia é a saída para o problema. Especialistas condenam tal atitude, alertando que o ganho de peso acelerado pode trazer sérios riscos à saúde. Do outro lado, planos e convênios médicos são ainda mais rigorosos e exigem uma lista de exames e laudos para autorizar o procedimento.

Conheçam os principais exames exigidos:
* Exames de sangue completos;
* Raio-x das articulações;
* Endoscopia;
* Polissonografia (diagnóstico da apnéia);
* Ecocardiograma;
* Eletrocardiograma;
* Mamografia para as mulheres;
* Avaliação psicológica;
* Em alguns casos, o histórico de consultas com um médico endocrinologista, com o objetivo de provar a tentativa de tratamento para emagrecimento
.

Possibilidade de adquirir doenças:

Obesos classificados nos graus I e II, que não conseguem sucesso através de dietas, fazem de tudo para alcançar o índice de morbidade. O cirurgião bariátrico Márcio Café alerta que o ganho de peso acelerado é uma atitude condenável, além de ser extremamente perigosa. “Quem aumenta mais de 20% o seu peso corre quatro vezes mais o risco de desenvolver doenças associadas à obesidade mórbida, como diabetes, hipertensão, gordura no fígado, comprometimento nas articulações, entre outras”, afirma.

O especialista diz que a cirurgia deve ser a última alternativa para o obeso, lembrando que o procedimento também oferece riscos. O cirurgião salienta que, antes da indicação cirúrgica, são avaliados todos os exames do paciente, inclusive os psicológicos. O procedimento é indicado quando se constata o insucesso com o método da reeducação alimentar e se forem detectadas doenças com complicações graves, como hipertensão, apnéia e colesterol elevado. A avaliação é feita por uma equipe composta de vários profissionais.

Para a psicóloga Sylvia Barreto, que trabalha no Centro de Obesidade do Instituto Márcio Café, a ânsia de alguns pacientes em fazer a cirurgia bariátrica se justifica pela crença de que o procedimento representa a cura definitiva da obesidade e o fim de todos os problemas relacionados ao peso.Essa é uma falsa idéia, afirma a psicóloga. “A obesidade não tem cura. O paciente não pode achar que irá ficar curado. Ele terá que controlar o peso para o resto da vida. A cirurgia é apenas um tratamento”, alerta.

A especialista salienta que, geralmente, os pacientes obesos apresentam estado emocional abalado, com quadros de ansiedade, baixa auto-estima, limitações na vida social e afetiva e depressão. Esses fatores contribuem para que essas pessoas se sintam mais vulneráveis a certas atitudes radicais.

Fonte:http://gordinhaslindas.wordpress.com/2008/08/08/cirurgia-bariatrica-reducao-do-estomago-uma-questao-de-escolha/

Nenhum comentário:

Postar um comentário